segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PODEMOS APRENDER A LATIR?


Já sabemos que os cães se comunicam conosco por gestos, grunhidos, posturas e latidos e que com a convivência esse sistema é aperfeiçoado de forma que a comunicação seja mais clara. Eles aprendem que você deixa que saiam se rasparem a porta, aprendem que você dá comida se jogam o prato de um lado para outro e assim por diante. Entretanto, por mais que se esforcem, nunca poderão aprender a falar. Mas será que poderíamos aprender a latir?

É pouco provável que consigamos aprendem a latir de forma que possamos ser compreendidos pelos cães. Isso se dá por várias razões. Em primeiro lugar, por causa da incrível audição canina. Como sabemos, cães têm uma capacidade auditiva muito maior que a do ser humano e por esta razão são capazes de diferenciar sons que para nós são iguais. Assim, como poderíamos imitá-los à perfeição? E mais, nossas cordas vocais não seriam capazes de reproduzir a gama de sons que os cães ouvem. Por mais inteligência que tenhamos, não somos capazes de desenvolver uma forma de comunicação por meio de latidos, cada um tendo um significado.

Mas esta não é a razão principal. Cães não têm um vocabulário próprio, como o ser humano. Não existe um latido que signifique “este prato é meu” ou “saia da minha cama”. A comunicação entre eles é feita por gestos, odores e posturas, junto ao latido. Muito embora muitas pessoas usem este recurso para chamar a atenção dos seus cães e até mesmo digam que dá certo, que os cães entendem o que querem dizer, o certo é que eles respondem à postura do guardião, ao tom da voz e ao seu comportamento como um todo.

Tom de voz

Isso não quer dizer que não podemos nos comunicar com os cães por meio da vocalização de seus sons. Adestradores e expertos em conduta animal usam não os latidos, mas os tons e inflexões a que os cães respondem para transmitir mensagens aos animais.

Grunhido – Líderes de matilha, quando descontentes em relação ao comportamento de um indivíduo, emitem um grunhido longo e grave, como sinal para que se comportem e para que respeitem sua autoridade. Este som é identificado como sinal de domínio e poder. Mas não precisa grunhir para que seu peludo entenda que você, o líder, está descontente. Basta que use o mesmo tom para dar o recado. Emita um “óóóó” ou um “eeee” longo, em tom baixo e grave e seu cão entenderá que deve se comportar. Mas cuidado com o excesso. Cães medrosos, nervosos, agressivos ou excessivamente dominantes podem entender que você esteja os confrontando e responder de forma violenta. Guarde o grunhido para ocasiões sérias, para transgressões significativas. É um castigo muito severo para uma subida no sofá ou para os pulos que dá ao sair no jardim.

Uivo – Acredita-se que o uivo não tenha nenhum significado especial. Seria só uma forma de se fazer notar, de informar sua presença à distância. Entretanto a maioria dos cães parece gostar quando seus guardiões uivam. Ao que tudo indica, eles apreciam a atenção e o esforço de seu guardião em socializar-se, em dar-lhe atenção.

Ganido – Desde cedo os cães aprendem que o ganido é uma forma de mostrar que ele está machucando, que está mordendo com força. Filhotes que brincam de lutar e são mordidos com mais força que podem suportar sem doer emitem um ganido alto e curto para avisar que o outro pare. E o outro pára imediatamente. Não é desejável ensinar ao cachorro para brincar com a sua mão, mordendo-a, quando filhote, pois quando adulto ele vai repetir este comportamento e você não vai gostar. Dê um brinquedo e participe da brincadeira e emita um ganido quando ele te morder. Assim ele aprenderá que não deve cravar seus dentinhos nas pessoas e quando adulto saberá se comportar, não ultrapassando seus limites.

Fonte:APCCA

Nenhum comentário:

Postar um comentário