sábado, 28 de agosto de 2010

A DOR DA PERDA DE UM ANIMAL QUERIDO

Ontem Dog Leo partiu. Sei que nessa vida trouxe muitas e inesquecíveis alegrias. Eu não sei se os animais têm espírito, mas acredito que toda a matéria viva, tem energia e que essa energia sai do corpo sem vida e se reintegra a natureza de alguma forma.




Assim que soube da noticia fiquei triste, mas muita energia boa espalhou-se.

Imaginei que se ele pudesse deixar uma mensagem para sua tutora seria mais ou menos assim:

Minha amada tutora, o meu tempo chegou ao fim, não fique triste com minha partida porque os laços que nos uniram foram fortes.
Tinha que ser assim, eu já vinha dando sinais que isso poderia acontecer. Não se sinta culpada por nada. O mais importante é o amor que sentes por mim. Eu vou fazer o que sempre fiz que é estar ao teu lado até que possamos ficar juntos outra vez.
Parti, mas quero que saibas que minha vida de cachorro valeu a pena! Uau-au-au (rabinho no ar a acenar)


A DOR DA PERDA DE UM ANIMAL QUERIDO

Todos os animais morrem e devido à curta esperança média de vida que têm em relação aos humanos é freqüente os donos terem de enfrentar a perda de um ou mais animais de estimação. Por se tratar de um animal irracional, o dono muitas vezes questiona-se sobre o direito a fazer o luto.

Os animais de estimação partilham a nossa vida durante anos. Contamos com eles para apoio, pois não criticam nem julgam; para aliviar o stress, pois estão sempre prontos para a brincadeira; e não há nada melhor do que um afago, depois de um dia que não correu tão bem.

É por estas razões que os humanos se apegam aos animais, criando laços profundos de companheirismo. São âncoras com quem podemos sempre contar, até ao dia em que por acidente ou por doença deixam de estar entre nós.

Sofrer, ou não sofrer

Um animal não é uma pessoa, mas é normal sofrer com a morte de um ser com quem partilhou a vida durante 5, 10 ou mesmo 20 anos, mesmo que esse ser não seja racional. Os donos têm o direito de sofrer com a morte do seu animal, independentemente da opinião da vizinha, do familiar ou do colega de trabalho. Por vezes os donos de animais de estimação sentem que não têm “permissão” para chorar abertamente a morte do seu animal, seja porque o valor do seu animal é depreciado por outros ou ainda porque os outros nunca passaram por essa situação. O mais importante é saber que não precisa da autorização de alguém para poder chorar pela perca do seu animal. Procure pessoas que estejam a passando ou passaram pela mesma situação e desabafe. Em casa, não se iniba de falar e chorar em frente a outros adultos.

Ninguém pode dizer ao certo durante quanto tempo se sentirá triste, pois o processo de aceitação depende de cada um. Existem contudo quatro etapas ligadas à perda de um ente querido:

Negação, choque, isolamento

Geralmente ocorre quando o animal ainda está vivo, mas encontra-se já em fase terminal. Os donos têm dificuldade em aceitar a morte do animal e evoluem para um estado de choque quando a morte efetivamente ocorre. Sentem-se fora da realidade e não conseguem perceber que o animal já não está entre nós.

Raiva

Assim que se apercebem da realidade, os donos sentem-se zangados e disparam sentimentos de raiva em várias direções. Pode-se sentir traído pelo próprio animal, que o abandonou, pelos membros do resto da família, que não expressam os sentimentos da mesma forma, pela sociedade, pelo veterinário e até mesmo Deus.

Apesar de racionalmente a raiva indiscriminada não ter lógica, emocionalmente os donos não conseguem deixar de se sentirem zangados.

Culpa

A culpa é freqüente nos casos em que um ente querido falece. Começamos a supor tudo e mais alguma coisa: “Se tivéssemos consultado mais opiniões profissionais”; “Se lhe tivesse dado mais atenção”, etc. Quando se trata de um animal de estimação, a culpa é recorrente, pois o dono é responsável por ele e é ele quem toma todas as decisões que influenciam de forma determinante a vida do animal. Assim, o dono sente-se também responsável pela sua morte. Também muito comum é o sentimento “Se eu tivesse passado mais tempo com ele” ou pactos secretos como “Se eu fizer isto, o meu animal volta para mim”.

Os casos em que a decisão de eutanásia foi colocada, independentemente de ter sido ou não aceite, gera um sentimento de culpa no dono que se questiona se terá agido da melhor forma, quer por ter terminado o sofrimento do animal, quer por ter insistido no tratamento.

Depressão

É natural ficar triste quando morre um ente querido, mas a depressão é um estado psicológico que deve ser acompanhado por um médico. Muitas vezes esta fase caracteriza-se apenas por momentos de tristeza, que não chegam a tornar-se depressões. Esta fase pode terminar quando sentimos que há outros que partilham a nossa dor.

Recuperação

A recuperação é pautada pela aceitação da morte como algo que aconteceu e sobre o qual não temos poder de alterar. Implica encarar a vida tal como ela é e seguir vivendo. Não é uma altura de sorrisos ou momentos felizes, é antes marcada pelo regresso da calma e paz.

Estas fases podem não se suceder e o dono pode saltitar entre estes estados de alma. Pode inclusivamente não experimentar todas as etapas. Momentos pontuais podem atirar o dono em recuperação para uma destas fases novamente, tais como o aniversário do animal de estimação ou outras mortes, por exemplo.

O processo de luto difere de indivíduo para indivíduo, daí que a recuperação tenha de partir da própria pessoa e não de forças externas.
Recordações

Seguir em frente não implica esquecer o seu animal. Por vezes, “arrumar as idéias” ajuda a ultrapassar esta fase

Pode fazer um memorial ao animal. Muitos donos optam por plantar árvores a quem atribuem o símbolo do animal.

Para dar um tom mais positivo num momento triste, pode doar algum dinheiro a instituições de recolha de animais, apadrinhar um animal ou qualquer outra coisa que faça sentido para si. Geralmente fazer algo de positivo para a comunidade faz com que as pessoas se sintam melhor com elas próprias.

O tempo é o melhor remédio e cura tudo. Se der tempo ao tempo, a dor sossega e vai progressivamente recordando os bons momentos e não a morte. Com tempo, os donos começam a rir quando se lembram das traquinices dos animais, daquela vez em que ele roeu o sapato, que o fez tropeçar na rua, etc.

Novo animal

Os animais são insubstituíveis, mas assim que chegar à fase de recuperação pode pensar em ter um novo animal novamente. Os animais fazem-nos rir e as suas exigências obrigam-nos a não desistir. Mas não se precipite. Toda a família deve querer um novo membro e este não deve ser visto como substituto mas como um animal independente e com um temperamento próprio.

Fonte: Vivapets

3 comentários:

  1. Dog Leo... um cachorro especial... tão especial que recebeu essa linda homenagem. Nada mais justo pois ele alegrou... amou e foi amado... foi um verdadeiro amigo e hj está presente no coração de seus familiares e AUMIGOS! Sempre lembrem desse lindo com suas fotos fantásticas.. de óculos, boina, etc .. lembrem-se tb dos momentos de felicidade q compartilharam ... essa é uma forma de manter esse AUMIGO em nossos corações e em nossas lembranças!
    VC FOI E É ESPECIAL !

    DODDY VALE DO AMAZON

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  2. Dog Leo...era uma amigo recente, mas que invadiu as nossas vidas com tanta força, pois estava sempre lá com seus recadinhos e suas fotos moldura com seus chapéus fashions que arrebatou corações e simplismente se foi....como entrou em nossa vida...saiu...muito triste....uma loucura tudo isso....deveremos chamar a atenção a todos da importancia da vacinação contra cinomose, vacina importada....pois essa doenã macabra está batendo em nossa porta!!!!

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  3. Eramos aumigos do Dog Léo. Aumigos virtuais confessamos mais aumigos sinceros. Deixamos auqui também nossa homenagem e caurinho a esse migão que auprendemos a aumar e respeitar. Migão cuida da gente auí de cima valeu? Um dia estauremos todos juntos. Auté lá! Lambeijokas de Zekka & Megg.

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