terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cachorros podem ajudar na hora da paquera.



Os cães desempenham um importante papel no momento de estabelecer um contato inicial entre pessoas que não se conhecem, auxiliando a "quebrar o gelo". E você sabia que isso pode, inclusive, ajudar na hora de paquerar? E ajuda mesmo!
A presença do cachorro, por si só alivia o nervosismo, sentimento muito comum em um primeiro encontro. Isso porque, segundo alguns estudos já comprovaram, fazer carinho no cão exerce um efeito tranqüilizador sobre os indivíduos, sendo capaz até mesmo de desacelerar os batimentos cardíacos, causando uma sensação de relaxamento. E isso vale tanto para o próprio dono, quanto para a pessoa que está se aproximando.
No entanto, mesmo que apenas o fato de o animal estar junto seja suficiente para que uma aproximação aconteça, existem ainda alguns truques que podem ser colocados em prática no momento da paquera.

Se você estiver caminhando com seu cão na rua, por exemplo, e alguém despertar seu interesse, tome a iniciativa! Chegue mais perto e tente perceber se a pessoa tem uma quedinha por cachorros. Caso essa resposta seja positiva, uma boa dica é convidá-la para fazer um carinho no animal. Isso não só vai te dar uma forcinha, como o seu cãozinho também vai adorar! Você pode também pedir para a pessoa dar petiscos ao cão, o que vai contribuir para que ela conquiste a atenção do animal e, conseqüentemente, fique mais à vontade com a situação.
Porém, se é você quem quer se aproximar de alguém que está passeando com um cachorro, uma boa pedida é abordar o dono fazendo um elogio ao animal, ou perguntando o nome dele.

E, por mais incrível que possa parecer, um fator interessante que os estudos indicam é que, durante este tipo de aproximação, ao observar a maneira carinhosa e atenciosa como o proprietário trata seu animal de estimação, a pessoa interessada tende a idealizar o comportamento do possível futuro par. Parece loucura, mas pela forma com que o dono age com cachorro, o outro indivíduo pode deduzir se a pessoa será atenciosa, ou até mesmo, se será uma boa mãe ou um bom pai para seus filhos!
Ainda de acordo com estes estudos, a maneira como cuidamos de nossos cães pode mostrar muito mais características da nossa personalidade a quem nos observa, do que durante um bate-papo, por exemplo.
Então, agora você já sabe: da próxima vez que levar seu cão para passear na rua ou no parque, fique atento!Quem sabe, agindo como um verdadeiro cupido, seu pet de estimação pode acabar te aproximando do grande amor da sua vida.

Fonte: Merial

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PODEMOS APRENDER A LATIR?


Já sabemos que os cães se comunicam conosco por gestos, grunhidos, posturas e latidos e que com a convivência esse sistema é aperfeiçoado de forma que a comunicação seja mais clara. Eles aprendem que você deixa que saiam se rasparem a porta, aprendem que você dá comida se jogam o prato de um lado para outro e assim por diante. Entretanto, por mais que se esforcem, nunca poderão aprender a falar. Mas será que poderíamos aprender a latir?

É pouco provável que consigamos aprendem a latir de forma que possamos ser compreendidos pelos cães. Isso se dá por várias razões. Em primeiro lugar, por causa da incrível audição canina. Como sabemos, cães têm uma capacidade auditiva muito maior que a do ser humano e por esta razão são capazes de diferenciar sons que para nós são iguais. Assim, como poderíamos imitá-los à perfeição? E mais, nossas cordas vocais não seriam capazes de reproduzir a gama de sons que os cães ouvem. Por mais inteligência que tenhamos, não somos capazes de desenvolver uma forma de comunicação por meio de latidos, cada um tendo um significado.

Mas esta não é a razão principal. Cães não têm um vocabulário próprio, como o ser humano. Não existe um latido que signifique “este prato é meu” ou “saia da minha cama”. A comunicação entre eles é feita por gestos, odores e posturas, junto ao latido. Muito embora muitas pessoas usem este recurso para chamar a atenção dos seus cães e até mesmo digam que dá certo, que os cães entendem o que querem dizer, o certo é que eles respondem à postura do guardião, ao tom da voz e ao seu comportamento como um todo.

Tom de voz

Isso não quer dizer que não podemos nos comunicar com os cães por meio da vocalização de seus sons. Adestradores e expertos em conduta animal usam não os latidos, mas os tons e inflexões a que os cães respondem para transmitir mensagens aos animais.

Grunhido – Líderes de matilha, quando descontentes em relação ao comportamento de um indivíduo, emitem um grunhido longo e grave, como sinal para que se comportem e para que respeitem sua autoridade. Este som é identificado como sinal de domínio e poder. Mas não precisa grunhir para que seu peludo entenda que você, o líder, está descontente. Basta que use o mesmo tom para dar o recado. Emita um “óóóó” ou um “eeee” longo, em tom baixo e grave e seu cão entenderá que deve se comportar. Mas cuidado com o excesso. Cães medrosos, nervosos, agressivos ou excessivamente dominantes podem entender que você esteja os confrontando e responder de forma violenta. Guarde o grunhido para ocasiões sérias, para transgressões significativas. É um castigo muito severo para uma subida no sofá ou para os pulos que dá ao sair no jardim.

Uivo – Acredita-se que o uivo não tenha nenhum significado especial. Seria só uma forma de se fazer notar, de informar sua presença à distância. Entretanto a maioria dos cães parece gostar quando seus guardiões uivam. Ao que tudo indica, eles apreciam a atenção e o esforço de seu guardião em socializar-se, em dar-lhe atenção.

Ganido – Desde cedo os cães aprendem que o ganido é uma forma de mostrar que ele está machucando, que está mordendo com força. Filhotes que brincam de lutar e são mordidos com mais força que podem suportar sem doer emitem um ganido alto e curto para avisar que o outro pare. E o outro pára imediatamente. Não é desejável ensinar ao cachorro para brincar com a sua mão, mordendo-a, quando filhote, pois quando adulto ele vai repetir este comportamento e você não vai gostar. Dê um brinquedo e participe da brincadeira e emita um ganido quando ele te morder. Assim ele aprenderá que não deve cravar seus dentinhos nas pessoas e quando adulto saberá se comportar, não ultrapassando seus limites.

Fonte:APCCA

FINAL FELIZ


Amigos!! Compartilho feliz a excelente adoção do Renato, a foto fala por si.

Obrigado!!!



(Laura e Renato)


domingo, 29 de agosto de 2010

CINOMOSE....AQUI NÃO!


Depois da perca de um aumiguinho em comum (Dog Leo), recebi sugestão do Bóris Lamaison de Santa Maria R/S, para abordarmos um assunto que causa verdadeiro pânico quando mencionado – CINOMOSE -- .Sabemos o quanto é importante repassar as informações sobre a saúde dos animais para que eles vivam melhor.

Bóris em sua poltrona predileta.



CINOMOSE...AQUI NÃO!

Fidelidade, companheirismo, amor. Essas são palavras comuns quando se fala sobre cachorros.

Considerados os mais íntimos amigos que homens e mulheres podem encontrar no mundo animal, os cães também adoecem e precisam da atenção e do carinho de seus tutores de maneira irrestrita. É nessa hora que se revelam os verdadeiros "pais e mães" dos pets. E a cinomose, doença contagiosa causada por um vírus e que pode levar à morte, atua como um divisor de águas no relacionamento indivíduo x bicho de estimação.

Qualquer cachorro, em qualquer idade, pode ser contaminado. E o contágio ocorre de inúmeras formas. As mais freqüentes são a roupa das pessoas e secreções como catarro, urina e fezes de um cachorro doente. Para identificar a doença, os tutores devem ficar atentos aos olhos e ao nariz de seus cães. Caso apresentem uma consistência mais densa e cor mais amarelada que o normal, melhor procurar o veterinário. "Muita gente tem mania de achar que toda doença animal é besteira. Isso é complicado porque quanto maior o tempo sem diagnóstico correto, mais difícil o tratamento e maiores as chances de seqüelas aparecerem", explicou o veterinário Victor Fernandes.

Apesar de freqüente, a doença pode ser facilmente evitada com a vacinação correta. "O melhor tratamento é a prevenção. Por ser uma doença de fácil contágio, é muito importante que as pessoas se lembrem de vacinar os animais anualmente. A vacina canina não é como a humana. Todo ano, o processo deve ser repetido", ressaltou Fernandes. Uma vez instalada no organismo, a cinomose tem tratamento extenso, com uso de antibióticos e antiinflamatórios, além de um suporte neurológico com doses de vitamina E e B. "Já houve um tempo em que 90% dos cães com cinomose apresentavam seqüelas. Hoje, com os avanços da medicina veterinária, esse número caiu para 60%. O mais importante, porém, é diagnosticar a enfermidade no início".

INTERNET

- Os tutores dos cachorrinhos, contudo, não estão sozinhos na luta contra a cinomose. Vários sites trazem informações sobre o assunto e notícias de novos e eficazes tratamentos. Existe, inclusive, um portal exclusivo sobre a enfermidade com dicas e um mural de depoimentos onde os proprietários de animais doentes podem trocar experiências. O Orkut também possui comunidades com essa finalidade. As principais dicas encontradas nos relatos são positivas, incentivam a acreditar que o tratamento dará certo e que não se deve abandonar ou sacrificar os animais que apresentarem seqüelas, entre elas a paralisia, paresia (dificuldade de locomoção dos membros inferiores), movimentos involuntários e falta de coordenação.

RECAPITULANDO

  • A cinomose é uma doença em cachorros:
  • Sistêmica, ou seja, pode atingir vários órgãos
  • Altamente contagiosa
  • Causada por um vírus

Quais são os sinais de cinomose?

  • Perda de apetite
  • Falta de coordenação
  • Vômito e diarréia
  • Febre
  • Apatia

Cinomose tem cura? Como se trata?

  • O tratamento, após diagnóstico de cinomose confirmado por exame de laboratório, pode ser bem difícil.

De que seu cachorro vai precisar:

  • Orientação de médico veterinário
  • Água
  • Dieta leve
  • Medicamentos
  • Muito carinho e atenção de você

Como Prevenir

  • As vacinas contra a cinomose em cachorros não são todas iguais. As mais tradicionais do mercado contêm vírus vivo atenuado (popularmente conhecidas por vacinas V10) e são utilizadas há muitos anos. Recentemente foram desenvolvidas tecnologias mais modernas para a imunização de seres humanos e animais com a máxima segurança e potência: as vacinas recombinantes.
  • Os filhotes de cachorros já podem ser vacinados a partir de 6 semanas de vida, mas essa indicação deve ser feita pelo médico veterinário.
  • Cachorros doentes, subnutridos ou parasitados devem ser tratados antes de receber a vacina.
  • É recomendado que os filhotes permaneçam protegidos, longe da rua e do contato com animais de histórico vacinal desconhecido, ou mesmo não vacinados.

Os cachorros devem ser revacinados uma vez ao ano contra a cinomose

Consulte sempre seu veterinário. Ele é a melhor pessoa para determinar o programa de vacinação ideal para seu animal de estimação.

Fonte: Petsbr, Diário de Pernambuco, Merial


sábado, 28 de agosto de 2010

A DOR DA PERDA DE UM ANIMAL QUERIDO

Ontem Dog Leo partiu. Sei que nessa vida trouxe muitas e inesquecíveis alegrias. Eu não sei se os animais têm espírito, mas acredito que toda a matéria viva, tem energia e que essa energia sai do corpo sem vida e se reintegra a natureza de alguma forma.




Assim que soube da noticia fiquei triste, mas muita energia boa espalhou-se.

Imaginei que se ele pudesse deixar uma mensagem para sua tutora seria mais ou menos assim:

Minha amada tutora, o meu tempo chegou ao fim, não fique triste com minha partida porque os laços que nos uniram foram fortes.
Tinha que ser assim, eu já vinha dando sinais que isso poderia acontecer. Não se sinta culpada por nada. O mais importante é o amor que sentes por mim. Eu vou fazer o que sempre fiz que é estar ao teu lado até que possamos ficar juntos outra vez.
Parti, mas quero que saibas que minha vida de cachorro valeu a pena! Uau-au-au (rabinho no ar a acenar)


A DOR DA PERDA DE UM ANIMAL QUERIDO

Todos os animais morrem e devido à curta esperança média de vida que têm em relação aos humanos é freqüente os donos terem de enfrentar a perda de um ou mais animais de estimação. Por se tratar de um animal irracional, o dono muitas vezes questiona-se sobre o direito a fazer o luto.

Os animais de estimação partilham a nossa vida durante anos. Contamos com eles para apoio, pois não criticam nem julgam; para aliviar o stress, pois estão sempre prontos para a brincadeira; e não há nada melhor do que um afago, depois de um dia que não correu tão bem.

É por estas razões que os humanos se apegam aos animais, criando laços profundos de companheirismo. São âncoras com quem podemos sempre contar, até ao dia em que por acidente ou por doença deixam de estar entre nós.

Sofrer, ou não sofrer

Um animal não é uma pessoa, mas é normal sofrer com a morte de um ser com quem partilhou a vida durante 5, 10 ou mesmo 20 anos, mesmo que esse ser não seja racional. Os donos têm o direito de sofrer com a morte do seu animal, independentemente da opinião da vizinha, do familiar ou do colega de trabalho. Por vezes os donos de animais de estimação sentem que não têm “permissão” para chorar abertamente a morte do seu animal, seja porque o valor do seu animal é depreciado por outros ou ainda porque os outros nunca passaram por essa situação. O mais importante é saber que não precisa da autorização de alguém para poder chorar pela perca do seu animal. Procure pessoas que estejam a passando ou passaram pela mesma situação e desabafe. Em casa, não se iniba de falar e chorar em frente a outros adultos.

Ninguém pode dizer ao certo durante quanto tempo se sentirá triste, pois o processo de aceitação depende de cada um. Existem contudo quatro etapas ligadas à perda de um ente querido:

Negação, choque, isolamento

Geralmente ocorre quando o animal ainda está vivo, mas encontra-se já em fase terminal. Os donos têm dificuldade em aceitar a morte do animal e evoluem para um estado de choque quando a morte efetivamente ocorre. Sentem-se fora da realidade e não conseguem perceber que o animal já não está entre nós.

Raiva

Assim que se apercebem da realidade, os donos sentem-se zangados e disparam sentimentos de raiva em várias direções. Pode-se sentir traído pelo próprio animal, que o abandonou, pelos membros do resto da família, que não expressam os sentimentos da mesma forma, pela sociedade, pelo veterinário e até mesmo Deus.

Apesar de racionalmente a raiva indiscriminada não ter lógica, emocionalmente os donos não conseguem deixar de se sentirem zangados.

Culpa

A culpa é freqüente nos casos em que um ente querido falece. Começamos a supor tudo e mais alguma coisa: “Se tivéssemos consultado mais opiniões profissionais”; “Se lhe tivesse dado mais atenção”, etc. Quando se trata de um animal de estimação, a culpa é recorrente, pois o dono é responsável por ele e é ele quem toma todas as decisões que influenciam de forma determinante a vida do animal. Assim, o dono sente-se também responsável pela sua morte. Também muito comum é o sentimento “Se eu tivesse passado mais tempo com ele” ou pactos secretos como “Se eu fizer isto, o meu animal volta para mim”.

Os casos em que a decisão de eutanásia foi colocada, independentemente de ter sido ou não aceite, gera um sentimento de culpa no dono que se questiona se terá agido da melhor forma, quer por ter terminado o sofrimento do animal, quer por ter insistido no tratamento.

Depressão

É natural ficar triste quando morre um ente querido, mas a depressão é um estado psicológico que deve ser acompanhado por um médico. Muitas vezes esta fase caracteriza-se apenas por momentos de tristeza, que não chegam a tornar-se depressões. Esta fase pode terminar quando sentimos que há outros que partilham a nossa dor.

Recuperação

A recuperação é pautada pela aceitação da morte como algo que aconteceu e sobre o qual não temos poder de alterar. Implica encarar a vida tal como ela é e seguir vivendo. Não é uma altura de sorrisos ou momentos felizes, é antes marcada pelo regresso da calma e paz.

Estas fases podem não se suceder e o dono pode saltitar entre estes estados de alma. Pode inclusivamente não experimentar todas as etapas. Momentos pontuais podem atirar o dono em recuperação para uma destas fases novamente, tais como o aniversário do animal de estimação ou outras mortes, por exemplo.

O processo de luto difere de indivíduo para indivíduo, daí que a recuperação tenha de partir da própria pessoa e não de forças externas.
Recordações

Seguir em frente não implica esquecer o seu animal. Por vezes, “arrumar as idéias” ajuda a ultrapassar esta fase

Pode fazer um memorial ao animal. Muitos donos optam por plantar árvores a quem atribuem o símbolo do animal.

Para dar um tom mais positivo num momento triste, pode doar algum dinheiro a instituições de recolha de animais, apadrinhar um animal ou qualquer outra coisa que faça sentido para si. Geralmente fazer algo de positivo para a comunidade faz com que as pessoas se sintam melhor com elas próprias.

O tempo é o melhor remédio e cura tudo. Se der tempo ao tempo, a dor sossega e vai progressivamente recordando os bons momentos e não a morte. Com tempo, os donos começam a rir quando se lembram das traquinices dos animais, daquela vez em que ele roeu o sapato, que o fez tropeçar na rua, etc.

Novo animal

Os animais são insubstituíveis, mas assim que chegar à fase de recuperação pode pensar em ter um novo animal novamente. Os animais fazem-nos rir e as suas exigências obrigam-nos a não desistir. Mas não se precipite. Toda a família deve querer um novo membro e este não deve ser visto como substituto mas como um animal independente e com um temperamento próprio.

Fonte: Vivapets

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CRIANÇA NÃO É CACHORRO


É comum as pessoas que possuem animais de estimação, e os tratam com carinho, serem constrangidas com críticas muitas vezes agressivas.
Os donos de bicho, por exemplo, recebem a sugestão de trocar o animal por uma criança pobre.
Quem diz isso pode estar pensando que defende os interesses das crianças carentes, mas na verdade está apenas comparando crianças a cães e gatos.

Compreender as verdadeiras razões da pobreza e do abandono das nossas crianças é complicado.
Fica mais fácil culpar os animais, que não podem defender-se.
Como se ao deixar um cão de estimação morrer de uma virose as crianças passassem a comer melhor.

O problema do menor abandonado tem vários culpados.

As causas primárias são estruturais e não podem ser mudadas por meio de boas intenções ou decretos.
Investimentos em saúde e educação são relegados para segundo plano.

A má distribuição de renda gera a opulência num extremo e a miséria noutro.
O planejamento familiar enfrenta resistência religiosa e de setores ditos nacionalistas, além da indiferença do governo.

O Estado negligencia suas obrigações com o bem-estar social, desviando recursos da educação, saúde, moradia e saneamento básico para investir em mineração, siderurgia, telecomunicações, energia e no sistema financeiro.

Os menores de rua muitas vezes são fugitivos da violência doméstica gerada por pais ou padrastos alcoólatras.
Aí está uma longa relação de culpados de duas pernas pela situação das crianças pobres.

Mas há pessoas que entendem que uma criança pobre e um cão têm a mesma necessidade afetiva, revelando sua ignorância, alienação ou má-fé e desprezo pela criança carente a quem dizem defender.

Muitos podem ter condições financeiras para adotar uma criança, mas são incapazes de prover suas necessidades afetivas e segurança emocional.

A maioria dos que adotam um animal visa preencher um vazio em sua vida.
Pessoas idosas, muitas vezes marginalizadas pelas próprias famílias, têm no animalzinho de estimação talvez sua única razão para continuar vivendo.
Há inúmeros registros de gente que superou a depressão graças ao convívio com animais de estimação.

O contato com eles tem sido preconizado como um excelente auxiliar no tratamento de autistas.
Finalmente, não são apenas as dondocas que freqüentam as clínicas veterinárias.
Pessoas humildes passam apertado para levar ao seu bichinho o atendimento médico.
O respeito, o afeto e o cuidado com os animais não eliminam a necessidade de atenção para com o ser humano.
Pelo contrário, aprimoram e complementam a capacidade de nos relacionar com os semelhantes

Dr. José Ricardo Henz, veterinário,
Fortaleza - Ceará

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

POR QUE OS CACHORROS NÃO DEVEM COMER CHOCOLATES.

Chocolate, só de ouvir essa palavra dá água na boca, mas uma curiosidade é que não é só os humanos que consomem esse produto, muitos cães estão consumindo também e é ai que mora o perigo...

Não são raros os furtos de cães e gatos, que acabam comendo o doce escondido, quando deixado em local acessível, ou ainda quando é dado pelo próprio dono.

Embora o chocolate possa ser tão gostoso e convidativo para os cães como para seus donos, ele contém uma substância conhecida como teobromina, um alcalóide amargo relacionado com a cafeína, que pode ter efeitos perigosos no animal.

Um cão pequeno, pesando de 5 a 20 Kilos, pode morrer por ingerir de 50 a 200 gramas de chocolate ao leite, enquanto de que 6 a 20 gramas do chocolate sem gordura pode ser fatal para um animal do mesmo tamanho. Os cães grandes são capazes de tolerar maiores quantidades, mas a regra mais segura é a de manter todo chocolate fora do alcance do seu cão.

Há casos de o cão de repente adoecer, sem ninguém saber o por que. Quem suspeitaria de algo tão maravilhoso como o chocolate? Mas, ele é o culpado e se o socorro não for feito imediatamente, o animal poderá morrer. Os sintomas dessa intoxicação surgem horas depois da ingestão e são similares a aqueles que acompanham muitas infecções gastro intestinais, incluindo vômitos, diarréia, hiperatividade, respiração pesada, ritmo acelerado na batida cardíaca, tremores musculares, acessos, distúrbios no controle de bexiga e até o coma.

A rapidez com que o tratamento veterinário for procurado é fundamental, podendo este profissional ser capaz de provocar vômito para impedir a absorção massiva de teobromina ou remover a toxina do organismo do animal através de outras formas que ele tem conhecimento.
Escolher bem os alimentos para seu cão é ter certeza que ele será sempre saudável. Lembre-se que em hipótese nenhuma, devem ser estimulados nele hábitos de comer com os seus donos, pois ele tem necessidades específicas em sua dieta. Além disso, não existe nada mais desagradável do que um animal que fica mendigando comida à mesa.

Fonte: www.animalivre.com.br

Vômitos e Diarréias

Vômitos e diarréias intensos não chegam a ser uma emergência veterinária, mas se o proprietário não tomar medidas urgentes, eles podem levar o animal à morte por desidratação.

Causas Do Vômito:

Dor abdominal intensa: Pode causar vômito no animal. Problemas renais, hepáticos, torções no intestino e estômago, por exemplo, causam vômitos.
Intoxicações diversas: As mais comuns são por produtos inseticidas usados na casa (dedetizações) ou no animal (produtos anti-pulgas tóxicos).
Doenças virais ou bacterianas: Cinomose, parvovirose, infecção uterina (piometra), etc..
Tosse severa: O esforço constante em tossir pode causar vômitos.

Assim, o vômito pode ser atribuído a inúmeras causas e não se pode ter um diagnóstico preciso da doença somente com este sinal clínico. O vômito caracteriza-se por uma substância incolor e espumosa constituída de suco gástrico. Às vezes, pode ter coloração amarelada por refluxo de bílis. O animal vomitando excessivamente corre o risco de desidratação, uma vez que ele não absorve a água necessária para a sua manutenção. Além disso, ocorre um desequilíbrio eletrolítico pois o animal perde muito ácido. O cão torna-se fraco e apático. Deve-se corrigir a desidratação, caso ocorra, e o equilíbrio do organismo.

Causas da Diarréia:

Intoxicações
Mudanças alimentares brusca
Vermes
Viroses: parvovirose, coronavirose, etc..
Stress: mudanças de ambiente ou na rotina da casa

A diarréia é a perda de líquido através das fezes que tornam-se pastosas ou líquidas. O animal com uma diarréia intensa (líquida e em grande quantidade) causa uma desidratação muito rápida. Mesmo que ele esteja bebendo líquidos, muitas vezes, a perda é maior que a reposição e uma desidratação leve, moderada ou grave se instala. Ocorre desequilíbrio eletrolítico pois, através da diarréia, o organismo torna-se muito ácido. O animal fica muito apático, fraco, pode ter tremores pela dor abdominal causada por cólicas (fortes contrações intestinais para expulsar as fezes). Deve-se corrigir a desidratação, caso ocorra, e o equilíbrio do organismo.

O que Fazer:

Verifique se o animal está desidratado: Para isso puxe a pele do animal na lateral do abdômen ou um pouco abaixo do pescoço. Se a pele demorar a voltar , o cão está desidratado. Se a pele não voltar, a desidratação é grave e o animal pode estar correndo risco. Leve-o ao veterinário imediatamente.

Retirar a comida do animal: No caso de vômitos e diarréia, leves ou graves um jejum de 24hs é necessário. Enquanto estiver comendo, o animal continuará a ter vômito e/ou diarréia e a perda de líquidos e o desequilíbrio do organismo irão piorar. No caso de vômitos, retirar água também, caso o animal beba e vomite. O jejum é essencial para que o organismo possa se recuperar.

Hidrate o animal: Se não puder levar o cão ao veterinário, tente hidratá-lo com soro caseiro. Ofereça pequenas quantidades de soro várias vezes ao dia. Se isso causar vômitos, suspenda o soro. A hidratação por via oral não é eficaz no caso de desidratações graves. Consulte o veterinário antes de qualquer coisa e faça a hidratação oral apenas se não conseguir contactar um profissional.

Soro Caseiro:
200ml de água fervida ou filtrada (1 copo)
1 colher de sobremesa de açúcar
1 pitada de sal

Queimaduras

As queimaduras são classificadas em graus de acordo com a gravidade da lesão:
1º GRAU: lesão superficial que cicatriza em média após 10 dias.
2º GRAU: lesão da pele mais profunda que a anterior. Há perda dos pêlos e formação de vesículas (bolhas). A pele cicatriza em 15 dias.
3º GRAU: lesão grave em que toda a espessura da pele é destruída. É um processo muito doloroso e de cicatrização muito lenta.

Causas comuns:

Agentes térmicos (água ou superfícies muito quente, fogo) ou agentes químicos (ácidos, substâncias cáusticas).

Casos comuns: animais que comem comida caseira muito quente podem ter queimaduras de grau leve na boca e "lábios"; acidentes envolvendo água fervendo derramada sobre os animais resultam em queimaduras de 3º grau; animais que lambem ou ingerem substâncias causticas presentes em produtos de limpeza podem queimar a boca e esôfago; choques elétricos podem resultar em queimaduras na boca e língua; queimaduras de sol podem ocorrer em animais de pele e focinho muito claros (róseos).

O que Fazer:

Queimaduras de 1º e 2º graus podem ser tratados com pomadas cicatrizantes e antibióticas. Não usar produtos como pasta de dente e outros, sobre a área lesada. Lavar a lesão com soro fisiológico frio, aplicar uma pomada cicatrizante e uma bandagem de gaze até levar o animal ao veterinário. Se a lesão for de 3º grau, esse procedimento é muito doloroso e, portanto, deve ser feito sob tranqüilizarão ou anestesia.por um profissional. Neste caso, aplique soro fisiológico frio e leve o animal ao veterinário pois toda a manipulação da queimadura é muito dolorosa. Queimaduras de sol ocorrem em animais expostos muito tempo ao sol e podem ser evitadas com o uso de um protetor solar sobre a região rósea do focinho. Evitar a exposição prolongada ao sol em animais de pele e pêlos muito claros.

Picadas de Cobras

Em nosso país, existem 70 espécies de cobras venenosas, porém, apenas algumas tem importância em termos de acidentes: jararacas, cascavéis, corais e surucucus. Os cães são picados , geralmente, na região do focinho, peito e pescoço. Isto ocorre pois o cão , muitas vezes, aproxima-se para cheirar a cobra por curiosidade. A ocorrência em gatos é rara. É importante se ter noção do tipo de cobra que picou o animal e para isso devemos conhecer os sintomas que a picada de cada cobra provoca.

Como Saber Se o Animal Foi Picado?

A picada geralmente, é muito dolorosa. O local pode apresentar as marcas de dentes, embora os pêlos atrapalhem muito a visualização. A região pode começar a inchar muito e a pele tornar-se escura . Os pêlos podem começar a descolar. Alguns animais podem entrar em choque se muito veneno for injetado. Nem todas as picadas de cobras venenosas podem conter uma grande quantidade de veneno, portanto, os sintomas podem variar de leves a muito graves. Geralmente, a pele irá cair próximo ao local da picada. Um inchaço muito grande na região do pescoço pode causar dificuldade respiratória no animal.

Se Animal For Picado, o Que Fazer?

Independente do tipo de cobra que picou o animal, o atendimento de emergência é o mesmo. Mantenha o animal calmo e não deixe que ele se movimente muito. Encaminhe o cão ao veterinário para que ele receba o soro específico que é o único método eficaz de combater o envenenamento. Você pode colocar um saco plástico com gelo sobre o local, na tentativa de conter o inchaço, até chegar ao veterinário. Se o animal entrar em choque, mantê-lo aquecido.
Se o seu cão está numa região onde é freqüente o aparecimento de cobras, converse com o seu veterinário e procure ter estocado em geladeira o soro específico para uso em animais (veterinário) O soro deve ser aplicado assim que for possível. Em casos de sintomas mais leves, a aplicação é subcutânea. Em casos graves, ela deve ser feita pelo veterinário, na veia, acompanhado de um anti-histamínico para se evitar uma reação do organismo à aplicação do soro. Informe-se com o veterinário da região para que ele lhe dê uma orientação de como aplicar o soro e um anti-histamínico num caso de emergência.

O Que Você Não Deve Fazer:

Não corte o local da picada: O veneno da jararaca, por exemplo, causa hemorragia, se você cortar o local, o sangramento se agravará;
Não faça torniquete: Até pouco tempo, o torniquete era usado para evitar que o veneno se difundisse para o resto do corpo. Porém, fazendo o torniquete, a alta concentração de veneno no local da picada pode causar gangrena . Assim, NÃO se deve fazer torniquete seja em humanos ou animais sob o risco de gangrenar o local da picada ou até a perda de um membro.;
Não coloque remédios caseiros sobre a picada (terra , fumo, etc.):Isso só possibilitará a infecção do local e podem irritar ainda mais o ferimento.

Que Tipo de Soro Usar?

Existem soros antiofídicos (antitoxinas) para cada tipo de cobras. No caso de dúvidas, leva-se em conta o tipo de cobra mais comum na região e os sintomas que o animal apresenta. Se não houver certeza, aplica-se o soro polivalente veterinário que neutraliza os venenos de jararaca e cascavel.. A quantidade de soro usada vai depender da gravidade de envenenamento. O uso de antibióticos se faz necessário, muitas vezes. Tanto o animal como o ser humano pode sobreviver a um acidente com cobras desde que medicado à tempo. Ninguém torna-se imune ao veneno após ser picado e sobreviver ou após receber o soro.

Algumas Dicas:

Evite as Cobras -
A limpeza é muito Importante: Combata os ratos, pois as cobras alimentam-se deles. Mantenha sempre limpos os terrenos, quintais e plantações.
Equilíbrio Ecológico: Preserve os predadores, como emas, gansos, seriemas, gaviões, gambás e a cobra Muçurana são os predadores naturais das cobras venenosas. Conserve o meio ambiente, desmatamentos e queimadas devem ser evitados. Além de destruir a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em paióis, celeiros ou mesmo dentro das casas.

Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)




terça-feira, 24 de agosto de 2010

Parada Cardíaca e/ou Pulmonar

Quando ocorre: Em casos de animais que receberam um forte choque ao morder um fio elétrico, atropelamentos, quedas ou traumatismos graves, animais cardíacos, afogamentos, etc...

Sinais: Colocando a mão sobre o lado esquerdo do peito do animal, não há sinais de batimentos cardíacos e/ou observando o tórax do animal, não há movimentos respiratórios.

O que Fazer: Deve-se proceder a massagem cardíaca e respiração artificial dentro de no máximo, 5 minutos. Deitar o animal sobre o lado direito.

Respiração Artificial: Com a sua mão, feche a boca do animal segurando firmemente o focinho. Eleve a cabeça do animal e encoste sua boca no focinho dele (você pode usar um lenço fino para evitar o contato direto). Sopre para dentro das narinas até sentir que o peito do animal se eleva. Deite a cabeça do animal e pressione o peito dele delicadamente para que o ar saia. Em 1 minuto, repita o procedimento 8 a 10 vezes. Verifique se o animal volta a respirar. Continue a respiração artificial, caso ele ainda não esteja respirando. Alterne o procedimento com outra pessoa quando você se cansar.

Massagem Cardíaca: O cão deve estar deitado sobre o lado direito. Coloque a palma da sua mão sobre o coração do animal. Faça uma pressão firme e rápida sobre a região e solte. Você deve pressionar rapidamente e soltar uma vez por segundo. No caso de cães muito pequenos ou gatos, usar as pontas dos dedos para pressionar o coração. Massagear por um minuto e observar se os batimentos cardíacos voltam.

Obs: No caso de você ter que realizar conjuntamente a massagem cardíaca e respiração artificial, faça uma seqüência de 5 ou 6 pressões sobre o coração, intercaladas por uma respiração. Continue realizando esse procedimento a caminho do veterinário caso o animal ainda não voltou a ter sinais respiratórios ou cardíacos. Se você não tiver acesso rápido a um veterinário e já realizou a ressuscitação por mais de 30 minutos, sem sucesso, dificilmente o animal sobreviverá.

Ataques Epiléticos

O cão pode sofrer um ataque esporádico ou ter um histórico de epilepsia (ataques freqüentes). Os ataques convulsivos assustam muito o proprietário inexperiente.

Como Reconhecer o Ataque: O animal, normalmente, fica incoordenado, cai no chão e permanece deitado de lado em movimentos de pedalagem, como se estivesse tentando se levantar. Urinar e defecar , involuntariamente, pode ocorrer durante o ataque. Pode haver ou não perda de consciência. O cão fica ofegante e aos poucos vai se acalmando. Muitos cães voltam ao normal em poucos minutos, outros ficam abatidos durante o dia todo, demonstrando cansaço.

O que Fazer: Observe o animal e evite que ele se machuque. Notifique o seu veterinário do ataque. Procure observar quanto tempo durou a crise convulsiva. Se o animal é saudável e não sofre de problemas cardíacos graves, não há risco de vida. Aguarde o ataque passar. Se o ataque tiver uma duração muito longa (minutos), encaminhe o animal ao veterinário imediatamente. Após retornar à consciência e estando recuperado, o animal pode beber e comer normalmente depois da crise. Cães epiléticos não devem ter acesso a áreas com piscina. Durante um ataque o cão pode cair dentro dela e afogar-se.

Choques Elétricos

Não são raros os cães ou gatos que costumam roer fios elétricos, principalmente, os filhotes. Esta é a maneira mais comum do animal ser atingido por uma corrente elétrica. Dependendo da intensidade da corrente e do tempo em que o animal permaneceu ligado a ela, as injúrias podem ser desde um simples susto até uma queimadura grave ou um comprometimento mais sério com parada cardio-respiratória.

O que Fazer: Se o animal levou o choque, mas não permaneceu conectado a ele: Você deve verificar se a boca (interna e externamente) ou a língua do animal apresentam sinais que queimaduras. A região pode estar escurecida ou acinzentada. Na parte interna da boca e língua, não há muito o que fazer. O animal relutará em comer por alguns dias. Ofereça alimentos líquidos e frios como caldo de carne. Se a região externa da boca for atingida, uma pomada antibiótica e cicatrizante poderá ser usada.

Se o animal levou o choque e permanece conectado ao fio elétrico: NÃO TOQUE NELE.
Em primeiro lugar, desconecte a tomada da rede elétrica. Observe se o animal está consciente ou não. Se ele não estiver respirando, faça respiração artificial. Se o coração estiver parado, comece a massagem cardíaca. No caso de uma parada cardio-respiratória, faça a massagem cardíaca e a respiração artificial conjuntamente (faça uma seqüência de 5 ou 6 pressões sobre o coração, intercaladas por uma respiração). Aguarde os sinais vitais voltarem para verificar a extensão da queimadura na boca e língua.

Animais com lesões muito graves na boca, que se recusam a comer ou beber água, devem receber soro por via endovenosa, diariamente, para não correrem o risco de desidratação. Todo o animal que teve um episódio de choque elétrico deve ser observado por 2 a 3 horas quanto a dificuldade respiratória. Em alguns casos, nesse período, pode desenvolver-se edema pulmonar. que deve ser tratado imediatamente pelo veterinário.

Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Como proceder em casos de Hemorragias.

Hoje post dara a seqüência ao mini guia de primeiros socorros. Lembre-se que um dono de cão ou gato sem conhecimento da literatura veterinária nem se compara a um médico especialista no assunto, mas, em casos de emergência, um guia prático do que fazer em acidentes pode adiantar o trabalho dos veterinários e salvar a vida do animal de estimação.


Hemorragias

Hemorragia é toda a perda de sangue que o organismo possa sofrer seja ela rápida (aguda) ou de forma lenta e gradativa (crônica). Neste guia iremos explicar como estancar uma hemorragia em casos de acidentes quando a perda sanguínea muito rápida pode ser fatal. Uma perda de grande volume de sangue em pouco tempo irá provocar uma parada cardíaca, pois o coração não terá líquido suficiente dentro dos grandes vasos sanguíneos para bombear.

HEMORRAGIAS EXTERNAS
Fáceis de detectar, pois você visualiza e perda de sangue. Normalmente, ela é provocada por um corte, perfuração ou brigas entre cães.

Superficiais: Atinge só a pele. Os pequenos vasos que irrigam a pele são rompidos e a perda de sangue é considerável, mas raramente fatal.

O que Fazer: Aplique um pano limpo ou compressas de gases sobre o corte e pressione por alguns minutos. Mantenha a pressão até o sangramento parar. O tempo para que isso ocorra é variável e está relacionado com a região do corte e a extensão da lesão. Orelhas e patas sangram bastante. Encaminhe o animal para o veterinário para a desinfecção e sutura do corte. Se isso não for possível imediatamente, após o sangramento diminuir, limpe o local com água oxigenada. Curativos com gase e esparadrapo são difíceis de se manter, pois o animal costuma retirá-los imediatamente. Desinfete e mantenha o local protegido por uma gase ou pano para impedir o acesso de moscas na lesão (podem causar miíase ou bicheira).

Vasos Sanguíneos: Se um vaso sanguíneo for atingido (veia ou artéria), a hemorragia pode ser grave e deve ser estancada imediatamente. Os vasos que podem ser atingidos mais facilmente localizam-se nas patas, cauda, orelhas e pescoço.

O que Fazer: A mesma técnica deve ser empregada: aplica-se um pano limpo sobre a lesão pressionando firmemente. No caso de vasos maiores, o sangue não irá parar facialmente. Mantenha a pressão sobre a região até chegar ao veterinário. No caso de patas ou cauda você pode aplicar um torniquete (foto), ou seja, com um barbante, cordão ou até o cadarço de sapato, você amarra o membro um pouco antes da região do corte. O torniquete estancará a hemorragia imediatamente, mas você não deve mantê-lo por mais de 15 minutos ou apertá-lo muito sob o risco de gangrenar o membro por falta de suprimento de sangue. Se usar o torniquete, afrouxe-o a cada 15 minutos e depois volte a apertar.


HEMORRAGIAS INTERNAS
Esse tipo de hemorragia é difícil de detectar, pois você não a visualiza. Após uma queda ou um acidente, o animal pode perder sangue por rompimento de um órgão ou um vaso interno.

O que Fazer: Se o animal estiver com uma hemorragia interna, ele perderá temperatura rapidamente e suas mucosas (gengivas e conjuntivas) ficarão muito pálidas. O animal pode perder a consciência e entrar em choque. Como não temos como diagnosticar a hemorragia interna, em casos de acidentes ou quedas, se houver perda de temperatura, palidez e perda de consciência, tratar o animal como no caso de choque e encaminhá-lo ao veterinário imediatamente.

Cortes Profundos
É comum ocorrerem e, geralmente, são causados por brigas entre cães, cacos de vidro, cercas de arame farpado e outros. A pele é irrigada por pequenos vasos sanguíneos e as lesões causam sangramento considerável. Não se apavore com o sangue, ele pode ser controlado facilmente.

O que Fazer: Primeiramente, estanque a hemorragia pressionando o local com compressas de gaze ou um pano limpo. Orelhas e patas costumam sangrar bastante e por longo tempo. Certifique-se que nenhum vaso foi atingido (caso tenham sido, a haverá muito sangue e você não conseguirá estancar). Após controlar a saída de sangue, limpe bem o ferimento aplicando água oxigenada nas bordas e dentro da ferida. Esse procedimento pode causar desconforto ao animal. Assegure-se que alguém esteja segurando o cão enquanto você trabalha ou amarre o focinho dele. Com dor, mesmo cães e gatos dóceis podem morder. Após a limpeza, proteja o local contra moscas aplicando uma gaze ou pano limpo sobre o ferimento. Gaze e esparadrapo não são suportados pelos cães e gatos, mas você pode colocar um curativo leve até chegar ao veterinário.

Os cortes podem ser suturados até 6 horas após a lesão. Assim, leve o cão para o veterinário no mesmo dia. Caso isso não seja possível, mantenha o ferimento limpo e protegido até que a sutura possa ser feita. Corte os pêlos em volta do corte.

As moscas podem depositar ovos nos ferimentos e suas larvas podem se desenvolver dentro do corte (miíase ou bicheira). Se você estiver no campo (sítio ou fazenda) ou perceber as moscas pousando no ferimento, use um repelente para moscas (Lepecid ou Matabicheira) ao redor da ferida até 2 vezes ao dia antes e após a sutura da lesão. Os ferimentos não fechados por sutura irão cicatrizar muito lentamente, deixam cicatrizes grandes e o risco de uma miíase é muito grande.

SilviaC.Parisi
Médica Veterinária - (CRMV SP 5532)

domingo, 22 de agosto de 2010

Guia de 1º Socorros para Cães e Gatos

Nos próximos dias estarei publicando um mini guia com orientações de como proceder em situações em que o socorro imediato aos nossos amigos peludos se faz necessário.

Aprenda como agir em casos como atropelamentos, convulsões, picada de cobras, etc..

E lembre-se sempre:

Mantenha a calma para não cometer erros ou não conseguir colocar em prática medidas simples, tenha sempre os ensinamentos na memória e o telefone do seu veterinário de confiança em mãos, assim você poderá salvar a vida do seu melhor amigo!

MEDIDAS GERAIS: ANALISAR SE O CASO É DE EMERGÊNCIA OU URGÊNCIA.

Emergência: Requer medidas imediatas das quais a vida do animal irá depender.

Exemplo: hemorragias, parada cardíaca e/ou respiratória, atropelamentos, envenenamentos, choques elétricos, afogamento, inalação de fumaça nos incêndios, etc..

Urgência: São casos de menor gravidade, mas que devem ser socorridos a tempo para que o animal não tenha complicações mais graves.

Exemplo: vômitos ou diarréias intensos, piometra (infecção uterina nas cadelas), ausência de urina por mais de 24hs, convulsões e outros.

SEMPRE ANALISAR SE O ANIMAL ENTROU EM ESTADO DE CHOQUE.

Este estado significa um deficiente suprimento de sangue para os órgãos vitais e pode ser fatal.

Estado de Choque

Sintomas:

Temperatura do corpo baixa (principalmente nas extremidades como patas e orelhas)

Batimentos cardíacos acelerados

Respiração acelerada

Perda da consciência (pode ou não haver)

Gengivas muito pálidas

O animal pode entrar em choque em casos de hemorragias graves, atropelamentos, envenenamentos, choques elétricos intensos, desidratação grave, queimaduras graves e outras situações de emergência.

O que Fazer:

- Manter o animal deitado de lado.

- Manter a cabeça e região do tronco mais baixo do que a parte traseira do corpo. Isso garantirá que o sangue - chegue ao cérebro e coração.

- Aquecer o animal: enrole-o num cobertor e coloque uma bolsa de água quente ou garrafa com água quente próximo ao animal, se for possível.

- Coloque a língua do animal para fora de um dos lados da boca, para garantir que a respiração não seja obstruída.

- Estanque qualquer hemorragia.

- Transportar ou movimentar o animal delicadamente evitando dores e traumatismos. Se possível, improvise uma maca.

PROCURAR AUXÍLIO VETERINÁRIO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL

sábado, 21 de agosto de 2010

Conheça cinco histórias de crianças que estão mudando a vida dos animais

Crianças dos Estados Unidos estão pegando os limões azedos da crueldade com animais e fazendo limonadas… Algumas vezes literalmente, como no Concurso Limonada para os Abrigos, da

American Humane. Conheça a nova geração do movimento pelos animais, por meio desta reportagem feita pela Animals Change.

Brandoon Wood, 10, ajuda a salvar chimpanzés de laboratórios e faz campanhas pelo término de experimentos em primatas: Brandon achava que queria um chimpanzé de estimação, até que ele fez uma pequena pesquisa e descobriu que eles pertencem à natureza. Ele também descobriu que mil chimpanzés estavam presos em um laboratório, alguns sendo submetidos a experimentos invasivos, muito longe da natureza. Então, ele começou a campanha Make a Chimp Smile (Faça um Chimpanzé Sorrir) para arrecadar fundos e conscientizar a população, para que tirem os chimpanzés dos laboratórios e soltem-nos em santuários. Apesar de ele estar tocado por suas histórias individuais, ele também aborda a questão em nível nacional, e se tornou adepto do Ato de Proteção aos Grandes Primatas para que experimentos em macacos sejam abolidos de uma vez por todas.

Monica Plumb, 12, fornece máscaras de oxigênio para animais a departamentos de bombeiros: experts estimam que de 40 mil a 100 mil animais morrem em incêndios por ano, e há pouco que os bombeiros possam fazer, já que máscaras de oxigênio humanas não servem em focinhos de animais. Máscaras especiais existem, mas estão fora do orçamento dos departamentos. E é aqui que Monica entra com a Petmask.com, que conseguiu dinheiro para doar mais de 300 máscaras de oxigênio para animais aos departamentos de bombeiros, Unidades EMS e caninas do país todo. Além disso, conscientizou e informou a população de resgates de animais em caso de incêndio.

Clara Polito, 13, é dona de uma companhia de padarias veganas: imagine um cupcake vegano da Clara’s Cakes: o Not So Thin Mints é um cupcake com raspas de menta e um creme de chocolate. Esse é apenas um exemplo do cardápio de delícias veganas criadas e vendidas por essa ativista/chef culinária. Clara também tem um blog (Clara in Veganland).

Dena Miller, 13, conseguiu U$ 10.000 para a Best Friends Animal Society e não parou por aí: ela teve a oportunidade de viajar para qualquer lugar do mundo, e escolheu Kenab, Utah, para visitar o santuário da Best Friends. Quando Dena visitou Israel na preparação para sua mitzvah, sua câmera não estava focando apenas monumentos religiosos; ela fotografou animais abandonados e negligenciados em todos os lugares que visitou. De volta para casa, ela entregou as fotos para um projeto social e pediu aos amigos e parentes que doassem ao programa Guardian Angel da Best Friends em vez de lhe darem presentes. Entre doações e venda de suas fotos, Dena conseguiu juntar U$10.000. As fotos podem ser vistas online, com 100% da renda revertida para a Best Friends.

Mimi Ausland, 14, começou a freekibble.com e uma campanha para um dia do animal que está em abrigo: a Freekibble.com doa comida para cães e gatos cada vez que você visita o site e responde à questão diária (independente de a resposta estar certa ou não). Nos dois anos desde que Mimi, então com 11, começou a Freekibble.com ela já arrecadou 3,5 milhões de pratos de comida para animais de abrigo. No mês passado, com a Halo Pets e a Tails Magazine, Mimi começou a campanha para nada menos que uma ordem presidencial: “Cartas pelos Animais” espera enviar 100 mil cartas para o presidente Obama, pedindo que ele ajude a divulgar os animais de abrigo tornando o dia 30 de abril dia nacional de adotar um animal. Eles atingiram a meta em 18 dias e pretendem estender a campanha até setembro.

A paixão que esses cinco têm por ajudar os animais não é um projeto de momento nem uma fase transitória. Considerando o quão fascinantes esses pequenos ativistas são, nós e os animais temos uma baita esperança para crer no futuro. Ah, e lembre-se: se esses jovens podem ajudar tanto apenas com boa vontade e atitude, o que nós não podemos fazer?

Fonte: Giovanna Chinellato